quarta-feira, 30 de junho de 2010

Não entendo.

Não entendo, não entendo nada, simplesmente nada.
E isso é um resumo de um texto grande, longo, demorado, chato, que poderia escrever, para chegar a tal conclusão, não entendo nada, nunca.

sábado, 26 de junho de 2010

Dia bonito.

Hoje o dia está bonito, como há muito não fazia.
Então ela resolveu sair de casa.
Se arrumou, se pintou, e saiu.
Olhou o dia, o sol brilhante, se alegrou, sorriu.
Conferiu se sua bolsa estava completa, estava. Batom, celular, carteira, e uma pequena garrafa com gim.
Não sabia direito pra onde ir, pois sua vida era invertida, "lugar comum" em sua profissão.
Foi caminhando, com seu salto alto, em direção ao parque Trianon.
Lembrava vida, via árvores e até pássaros, com o sol, tornava-se uma cena de filme francês.
Ficou lá sentada por horas, vendo os outros viverem suas vidas, o tempo passando.
Agora sentia tristeza por sua vida, mesmo com um dia bonito.
Amor forçado não é amor, não traz amor, não vira amor. Não vira nada, somente sustento. Uma balança desigual.
Estava anoitecendo, o parque começara a esvaziar e logo iria fechar.
Foi embora.
Foi pra casa se trocar.
Guardou a sensação do dia bonito.
Bebeu um gole do seu gim.
E foi trabalhar.
Continuou uma outra cena de filme francês.
Agora o dia não era mais bonito, era escuro, promíscuo, vazio, mas ela tinha o gim, o sustento e a esperança de outro dia bonito.

sábado, 19 de junho de 2010

Líquido escapando entre meus dedos

Tudo escapa entre meus dedos.
Não sei lidar com nada.
Não me faço entender.
Sou de cera, só movo os lábios, mas a voz sai tão fraca, quase não sai.
Por mais que eu queira segurar, parece que em minhas mãos tudo é líquido.
Fecho as mãos e o líquido escapa.
Escapa pelos dedos, pelos lados, me molha, me desespera por não estar seguro.
Deveria conseguir transformar esse líquido em sólido, mas como?
Comigo sempre é assim.
Minha felicidade é líquida.
Meu amor é líquido.
Por isso sempre se vão. Me deixam.
E eu fico com o sólido da dor, da tristeza, da solidão, do meu espelho.
E são tão pesados.
Me ajude a trocar esses sólidos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Auge

O cansaço é tão grande.
Quero voar. Sorrir. Abraçar.
Falo. Falo. Falo.
Espero. Sempre espero.
Nada muda.
Ninguém liga.
Me sinto só.
Cade a emoção?
Acabou?
O auge já foi?
Não sou assim.
Ou será que agora sou?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Meu frio.

Faz tanto frio esses dias.
O cansaço me invade.
Preciso de algo para me aquecer.
Preciso de amor, meu bem.
Timidamente nos declaramos, ainda há tantos dedos, tanto cuidado com as palavras, tudo ainda é muito cedo, tão breve, tão intenso, tão incerto.
Desde que nos titulamos, mal conseguimos nos tratar como tal título. Não há necessidade. Meu sentimento está bem claro. E vejo o seu, sinto o seu. Títulos não são sempre necessários.
Tenho sempre limitações, preocupações, acúmulo de cansaço. Cansa, muito. Lágrimas sempre saem quando transbordo. Há dias que transbordo de felicidade, amor, há dias, como ontem, que saem sem controle, por nada, por tudo.
Só queria passar o dia com seu sorriso, sua proteção do frio, do cansaço e do vazio.
Digo tantas coisas, penso tantas coisas, sinto sempre muito, bastante.
Meus sentimentos são inconstantes. Acho que é o frio.
Estou cansada de ser presa também. Me ajude a me soltar.
Sejamos livres enquanto tenho a corrente solta. O período sempre é limitado.
Me preocupo com isso, meu bem, não quero ser presa, enquanto é solto. O amor gosta de liberdade, eu sei, mas a culpa não é minha. Um dia terá um fim, eu juro. Espero que me espere.
Preciso de abraços, mas no momento tudo é tão frio. Te falo sempre sobre isso. É assim, quase nada muda nunca. Minha vida é cíclica. Sempre tenho que fazer as escolhas mais difíceis. Ontem, sobre o abraço que te disse, hoje nada mudou. Fico triste, muito triste.
Não quero te encher com meus problemas. Pra mim são grandes, são tantos, são pesados.
Não quero lutar sozinha, é muito triste.
Me acompanhe.
Eu te acompanharei em todas as suas lutas. Por mais que no momento, visivelmente, não haja, seja mais fácil deixar como está, lutarei ao seu lado.
Lutaremos juntos, até não conseguirmos mais.
Só quero seu bem sempre, meu bem.
Vamos nos proteger desse frio.

domingo, 6 de junho de 2010

Vazio

A vontade foi tanta, o vazio foi tanto que ele não conseguiu mais viver.
Cigarros e mais cigarros não bastavam.
Estavam sem complemento.
O vício nunca é sozinho, nunca vem sozinho, mas permanece te deixando sozinho.
Precisava de café para acompanhar de vez em quando. Mas na maioria das vezes preferia uísque.
Manchas nos dentes, amareladas creio eu, faziam parte do seu quase sorriso.
Quando a embriaguez lhe tomava, os quase sorrisos apareciam em tempo maior.
Sempre sozinho. Vazio, tão vazio que tinha medo que pessoas na rua caíssem em seu buraco, por isso evitava pessoas.
Um dia, com uísque e cigarro, resolveu encher de terra esse buraco.
E foi assim, sozinho, que foi encontrado dias depois, pelo cheiro ruim.

Pra não dizer que não falei das flores.

Pra não dizer que não falei das flores.
Lembrei da música e de momentos.
Sorrio, lembro, tomo um copo de cerveja, um ou outro de jurupinga, quando não somente a pinga, pura, com limão, coca-cola, mel, diversos derivados, com vocês, todos vocês.
Me inspiro com sorrisos fáceis, pra mim.
Com ideias revolucionárias. Com espíritos lutadores.
Ainda bem. Vivo numa miscelânea. Diversos sorrisos, diversas lutas.
Quando toda a inspiração acaba, a vida perde a graça.

Resgate

Fui vítima de um resgate.
A arte estava distante, longe, praticamente esquecida.
A música não tocava mais, a não ser a da moda, por questão de comodismo, de não querer incomodar.
Livros, nada além de doutrinas, sérias, duras, quase nada flexíveis. Apesar de haver pequena fuga pra me confortar de vez em quando.
Planos virando concreto.
Sonhos, ditos realizados, viraram parte da rotina, se frustraram.
Amores surgindo, pessoas lindas aparecendo, e eu sem quase saber reconhecer.
Fica difícil no meio de tanta poeira, arrogância e prepotência.
Poucos ganhos, conhecimento quase nada adquirido.
Me doei pouco pra mim, e muito pra quase nada.
Tudo sempre regado a álcool, muito álcool.
Conversas fúteis e vazias me encheram, me transbordaram, entrei no automático. Apenas ouvia, de vez em quando me incomodava, mas o consentimento foi tanto que por um momento até gostei de ser imediatista.
Agora penso, ainda bem que fui resgatada, voltei a pensar, a sentir, a me ter de volta, a partir de pessoas iguais.
Essas soldadas que me resgataram terão trabalho, terão que fazer isso inúmeras vezes ainda, pois sou assim, me perco sempre em mim.
Pra vida, minhas amigas. Amo vocês.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Coisa alguma, coisa minha.

Queria poder postar um texto, um texto que não posso.
Cansa não poder fazer o que se quer.
Repreendimento.
Agressão.
Fuga.
Tudo que eu escrever aqui não tem nada a ver com ninguém, e ao mesmo tempo tem a ver com todo mundo.
Se você faz algo que alcança outra pessoa, de certa forma ela estará modificada e influenciada, mesmo que minimamente. Então não se assuste se se identificar com algo escrito aqui. Não esbraveje pragas para mim, apenas compreenda que o foco não é você, mas a reação em mim de algo que fez, falou, ou até mesmo gritou, que me fez pensar.
Misturo meus pensamentos, minhas ilusões, minhas influências externas (muitas vezes proporcionadas por vocês) com historinhas que me fazem por um momento viver ludicamente, na maioria das vezes.
Não haverá nada além de coisa alguma ou coisa minha aqui.

Meu telefone


Não saio mais de casa, faz tempo, anos.
Não porque não quero, mas porque tenho que ficar ao lado do meu telefone.
Ele é pesado, preto e ocupa a posição central da minha sala, fica em cima de uma mesinha só sua.
Tem sido meu grande companheiro, por mais que seja quieto.
Na maioria das vezes ficamos num clima quase solene.
Fico sentado ao seu lado durante todo o dia na minha velha poltrona, pois sei que um dia tocará e preciso estar lá para atender ao seu chamado.
Tive muito dinheiro e muitos amigos.
Mas agora os tempos são outros, envelheci.
Meus filhos não vejo há certo tempo, pois trabalham muito e estão sempre ocupados, não posso exigir nada, não quero atrapalhá-los.E minha mulher se foi faz tantos anos que já não sei mais precisar quantos.
Desde então espero um contato do mundo de fora, de velhos amigos que não me procuram desde que meu dinheiro e as festas se foram, e de meus filhos que já dividi a herança do restante que sobrou.
Meus únicos contatos com o mundo são a televisão e a faxineira que vem toda quarta-feira para arrumar a minha casa e fazer as compras necessárias.
Passo o dia na sala, em frente à televisão e ao lado do telefone, sentado na minha velha poltrona.
Há certos dias que quando acordo sei que vai tocar, então fico com um sorriso guardado, lágrimas prontas e o coração palpitante durante cada minuto do dia, pois ele pode tocar a qualquer momento.
São os dias mais emocionantes para mim.
Apesar de quase sempre eu acabar o dia decepcionado, sentado ao seu lado quieto à espera, com as lágrimas não mais guardadas.
Um dia ele realmente tocou, quase não acreditei, seu toque é forte, como badaladas de sinos de uma igreja, acredito que se ouve da rua.
Fiquei hesitante, pensei em deixar que tocasse até a pessoa desistir.
Não pude, esperava-o há tanto tempo, deixei apenas tocar bastante.
Saboreava cada toque, parecia que ouvia o bater do meu próprio coração.
Pigarreei para não aparentar que não falava há dias, e que felicidade sentia, alguém se lembrara de mim, há quanto tempo não me sentia assim, então finalmente atendi.
Por um momento houve um silêncio, meu coração parou, quem seria? Após isso uma moça perguntou-me o nome, a idade, e disse-me que eu precisava de um certo aparelho para fazer suco e que assim poderia receber melhor os amigos, até pensei em comprar, pois não teria o que oferecer caso meus amigos viessem, mas devido ao valor não pude.
A moça me agradeceu e me desejou um ótimo dia.
Desliguei, foi como um balde de água fria.
Estava feliz por conversar com alguém, mas ao mesmo tempo era alguém que não se importava comigo, eu era um dentre milhares de uma lista.
Fiquei sentado ao seu lado o resto do dia, porém dessa vez com o volume da televisão bem mais alto, não queria ouvir aquele silêncio.
Tem bastante tempo que isso ocorreu.
Lembrei disso porque hoje é um dia que acordei com aquela sensação, sei que vai tocar.
Todos aqueles sentimentos de esperança estão transbordando em mim.
Tenho tantas coisas a falar para tanta gente.
Preciso perguntar como estão, o que fizeram durante esses anos.
Sei exatamente o texto que falarei a cada pessoa que aguardo me ligar.
Hoje também é dia da faxineira vir, gosto quando vem, pois como comida nova, não a congelada que deixa pronta para mim durante uma semana.
E tenho também quem me dê bom dia e me pergunte se eu dormi bem e tomei meus remédios.
Mas ela sempre se atrasa, diz que o ônibus demora, então ainda não chegou.
Mesmo com toda essa ansiedade e agitação típica de um dia de quarta-feira, não me sinto tão bem, não consigo levantar da cama, quase não tenho força, devo ter me esquecido de tomar o remédio.
Preocupo-me com o telefone sozinho na sala. Ele precisa de companhia.
Depois de algum tempo juntando força e impulsionado pela minha esperança, finalmente consigo levantar.
Já estou velho, a idade não aliviou para mim.
Caminho em direção ao banheiro.
De repente ouço seu toque.
Ouço ele me chamando.
Chego a duvidar pensando ser alucinação, mas toca de novo.
A sala está longe, os sinos estão tocando, ouço seu toque cada vez mais forte e impaciente a me chamar e tento me apressar.
Meu coração se acelera, bate com mais força a cada toque.
Quem será? Será que é a moça do telemarketing de novo? Serão meus filhos? Algum velho amigo?
Minhas pernas estão pesadas, sinto dores em todo o corpo, os sinos não param.
Meu corpo sua e soa.
Meu coração se aperta, mas já consigo avistá-lo.
Como dói. Já vou chegar.
O que está acontecendo comigo?
O telefone não pode esperar.
Por favor, espere que estou chegando.
Apóio-me na poltrona, não consigo mais, meu coração está explodindo dentro de mim.
Preciso tirá-lo do gancho, então saberão que estou aqui e atendi.
A dor que sinto é insuportável, como se mil adagas estivessem entrando em meu peito.
Chego a tocar nele, no meu velho amigo.
Mas não consigo movê-lo com todo o seu peso.
Lágrimas saem de meus olhos, de emoção, de dor, de despedida.
Os sinos tocam cada vez mais distantes, penso que todos estavam juntos e resolveram me ligar.
Quanta saudade, quanta vida esperei.
Haviam finalmente se lembrado de mim.
Os sinos param de tocar.

(A faxineira, que chegou atrasada, achou o velho morto, caído próximo a sua poltrona e com a mão estendida em direção ao telefone. Chamou a ambulância. O enfarto havia sido fatal.
No enterro estavam seus filhos, netos e alguns velhos amigos que ainda estavam vivos.
A maioria deles chorava e falava sobre momentos com o morto.)

Vento no rosto

O dia está quente.
O dia está abafado.
Pessoas falam e eu não entendo.
Pessoas riem e eu não acho graça.
O dia corre num ritmo acelerado e lento.
Está pesado, minhas costas doem.
Paro de ouvir o que falam, já não conseguia mais.
O assunto nunca fora interessante.
Entro em um plano paralelo, o meu próprio.
Sentimentos me invadem.
Pensamentos voltam a me atormentar.
Quero chorar, quero correr.
Não posso, há pessoas ao meu redor.
O sol reflete nos prédios espelhados.
As pessoas falam.
As pessoas riem.
Olho e concordo, mas não sorrio.
Calo-me novamente.
Volto a pensar no que estava pensando e volto a sentir o que estava sentindo.
Minha garganta se trava, como se tivesse engolido uma pedra.
O sol bate mais forte.O dia está cada vez mais abafado.
As pessoas falam mais alto para acompanhar o dia.
Meu coração se acelera e se comprime.
Queria sair dali, mas não podia, havia pessoas em volta.
E num momento quase de desespero completo, sinto um sopro de alívio.
É o vento.
O vento toca meu rosto e o acaricia.
Ele bagunça meu cabelo.
Bagunça minhas idéias.
Ele sentira que era o momento.
Tira-me daquele ambiente hostil.
Fecho os olhos.
Não penso mais em nada.
Ele está levando um pedaço de mim.
Estou sentindo-me mais leve, até feliz posso dizer.
Sento-me à beira do penhasco.
Aprecio a sensação que o vento me proporciona.
Minhas pernas estão soltas, seus movimentos são de acordo com o do vento.
Tenho vontade de sorrir e sorrio.
Rio alto.
Meus dentes se mostram para o vento.
A felicidade é plena nesse momento.
Não queria estar em outro lugar senão no penhasco.
Então, de repente, como ele veio, ele se foi.
O vento parou.
Minhas pernas pararam.
Meu sorriso cessou.
Esperei por um instante para confirmar minha nova sensação.
Não podia acreditar, mas ele realmente havia parado.
O desespero começa a voltar, junto com ele voltam o barulho, o calor, as pessoas, as risadas, as conversas que não entendia e a vontade de ter o vento no meu rosto para sempre.
Sem opção, jogo-me penhasco a baixo.
A queda é rápida.
Chego ao chão com um baque surdo e duro.
Abro os olhos.
Olho meus pés.
Tocam o chão. Concreto.Minha cabeça dói.
O pedaço que ele havia levado de mim está voltando. Mas voltando embaralhado, desordenado, as peças estão todas desencaixadas. Agora sinto também o que não sentia.Olho em volta, pessoas riem cada vez mais alto.O sol cada vez mais forte.
Seguro-me para não sair correndo.O vento havia parado.Havia me abandonado depois de tanta felicidade por uns poucos instantes.
Encheu-me de esperança, de sorrisos e se foi.
Pessoas olham para mim, acho que falam comigo.
Não entendo, mas aceno com a cabeça.
Continuam olhando e rindo. Então eu rio, sorrio, só rio.
Parece que ficam satisfeitas, elas se viram e continuam a sua rotina para acompanhar o dia.
E eu fico esperando o vento voltar a tocar no meu rosto

Monólogo do Inquérito Amoroso

Por que me olha assim?
Feche os olhos!
Por que não olha pra mim?
Olhe pra mim!
Por que faz isso comigo?
Não, não olhe pra mim!
Por que não faz isso comigo?
Levante a cabeça!
Por que chora?
Abaixe a cabeça!
Por que não chora?
Levante-se!
Por que sempre me deixa triste?
Sente-se agora!
Por que nunca me deixa triste?
Mentira, sempre me decepciona!
Sempre te decepciono?
Nunca te decepciono!
Fale alguma coisa!
Por que não fala?
Não fale, não quero mais!
Preciso de um tempo!
Por que não obedece?
Eu não recebo ordens!
Te dou ordens?
É preciso!
Por que o silêncio?
Não fale, não preciso de mais barulho, já tenho os meus!
Ainda me quer?
Ainda te quero!
Me desculpa pela violência?
Não tenho porque me desculpar!
É só fazer o que eu digo!
Te amo!
Se fizer o que eu mando será feliz!
Me ama?
Vai embora?
Não vá embora!
Volte!
Fale alguma coisa!
Diga o que quiser!
Não suporto a solidão!
A solidão?
Tenho a mim!
A mim?

Erudição

Pare de escolher as palavras para me escrever!
Não aguento tanta erudição!
Quero entender o que diz.
Quero sentir que escreveu exatamente o que sentia, o que queria.
Não fico impressionado com palavras bonitas e sisudas.
Isso demonstra preocupação em excesso!
Não quero ter a sensação de que tenha demorado mais do que 10 minutos para me escrever.
No máximo aceito a releitura, para conferir os pingos que faltaram nos i's!
Não quero que olhe no dicionário, lá as palavras estão em caixas, cada uma em seu bloco, em sua repartição e você sempre acaba usando a do conjunto errado.
Se "não", quer dizer "não", por que escrever "absolutamente"?
Quero ler sua alma, seu pensamento e não seu estereótipo.
Te ler muitas vezes é tedioso, cansativo, sempre tenho que ficar com o dicionário ao lado!
Tanto trabalho para pouco conteúdo.
Tudo é para demonstrar superioridade ou submissão em relação à mim?
Não olhe tudo de cima, nem tudo de baixo, me olhe nos olhos, sem dicionários!
Por que não troca toda a erudição pela emoção?
Quero que me escreva, ou escreva-me, como preferir!

Assinado: Amor.