terça-feira, 31 de agosto de 2010

Esperança suicida.

O dia passou. Ninguém sorriu.
Aliás, lágrimas surgiram, para estarem lá, para constarem em sua presença diária.
Frustração constante.
Mas a esperança, que todo mundo insiste burramente em dizer que é a última que morre, se torna suicida.
Esperar não esperando mais, matando aos poucos cada dia mais essa ilusão, que de doce não tem nada.
Na verdade a espera é amarga pois se mistura com a certeza da frustração, então a esperança pela surpresa, pelo amor, fica escondida, se matando atrás desse gosto, dessa certeza de que nada que esperamos acontecerá.
Só uma pessoa sorri, a que não sabe o que os outros esperam dela. Sorri sem olhar para os lados, sorri somente olhando para seu umbigo, egocentro.
E ainda com a cabeça para baixo, para se autoenxergar sozinho, tropeça nos outros e os machuca sem dar atenção, com seus olhos voltados sempre para o seu dito orifício.
E assim o dia passa, ninguém que queria sorriu.
E a esperança como um suicida com navalha, deu mais corte em seu próprio pulso.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Só.

Eis meu destino: ser só, lutar só, quando precisar, só me ter pra me levantar, pra me ajudar, nunca contar com ninguém senão à mim.
Caio F., que depois de tanto tempo reli ontem, me fez lembrar que devemos continuar tecendo, mesmo entre estopas rasgadas. Então não sou diferente, eu teço, continuo tecendo, só.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

amigos...

Sinto falta dos amigos.
Não os esqueço, a todos, nem por um único dia.
Lembro sempre dos sorrisos, dos abraços e me vem a saudade.
Não os deixei, impossível, apenas minha vida corre num ritmo que não consigo acompanhar e nem sempre consigo colocá-los dentro dela comigo.
Leio coisas, lembro de momentos, sinto falta.
Saudade grande!

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante." (Loucos e Santos - Oscar Wilde)