terça-feira, 31 de agosto de 2010

Esperança suicida.

O dia passou. Ninguém sorriu.
Aliás, lágrimas surgiram, para estarem lá, para constarem em sua presença diária.
Frustração constante.
Mas a esperança, que todo mundo insiste burramente em dizer que é a última que morre, se torna suicida.
Esperar não esperando mais, matando aos poucos cada dia mais essa ilusão, que de doce não tem nada.
Na verdade a espera é amarga pois se mistura com a certeza da frustração, então a esperança pela surpresa, pelo amor, fica escondida, se matando atrás desse gosto, dessa certeza de que nada que esperamos acontecerá.
Só uma pessoa sorri, a que não sabe o que os outros esperam dela. Sorri sem olhar para os lados, sorri somente olhando para seu umbigo, egocentro.
E ainda com a cabeça para baixo, para se autoenxergar sozinho, tropeça nos outros e os machuca sem dar atenção, com seus olhos voltados sempre para o seu dito orifício.
E assim o dia passa, ninguém que queria sorriu.
E a esperança como um suicida com navalha, deu mais corte em seu próprio pulso.

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